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Glaw Nader: a negritude da música está no centro do palco

Glaw Nader é uma mulher preta artista e todas as escolhas que faz tem uma finalidade: contribuir para que a narrativa da música preta do Brasil seja contada sob o ponto de vista dos próprios artistas pretos. Este que é o grande objetivo artístico da sua carreira está personificado em Tempo de amor, projeto que revisita e reverencia a obra de Baden Powell e reúne lançamentos de EP’s, single, clipes, além de um álbum completo.   

De todas as coisas que podem caracterizar a carreira de Glaw, a negritude está em primeiro lugar. Seguida pelo fato de ser mulher. Como ela mesma fala: “Eu penso muito na questão da representatividade. Sei da função que eu tenho pra estimular as pessoas a reconhecerem os artistas pretos, especialmente, as mulheres”. 

Como não poderia deixar de ser, um dos elementos definidores do álbum Tempo de amor é a própria voz dela que por ter uma densidade sonora marcante, consegue ressaltar os pontos afro-brasileiros das composições, se aproximando da musicalidade que o Baden propôs.

E é importante destacarmos a voz que interpreta porque em Os afro-sambas, disco que segundo muitos críticos foi um divisor de águas na música brasileira, as vozes que estão presentes, cantando aquelas histórias de amor, são vozes de pessoas brancas. Assim, fazer a releitura de parte da obra do Baden significa para Glaw uma contribuição para a retomada da narrativa musical preta no Brasil.

Um projeto de vida

Pra dar corpo e voz as suas escolhas artísticas que ora se configuram como canção, ora como música instrumental, ou ainda, como um show híbrido, Glaw faz questão de se juntar aos seus para apresentar ao público espetáculos musicais que tenham, eminentemente, a presença de musicistas pretos. Como ela mesma fala: “Eu preciso me juntar aos meus pra fazer a música que é nossa”.  

Assim, ao olhar para o palco, o público já passa a conhecer e a reconhecer sua mensagem artística. É o que acontece com todo o projeto Tempo de amor que, além dos lançamentos musicais, contou com shows de lançamento no Sarau do Minas Tênis Clube e no Clube de Jazz do Café com Letras. É o que acontece com o espetáculo musical ÒJÒ – Deixa chover, que estreou no Teatro Raul Belém Machado em março de 2022 e é o que se pode esperar de Oriki, o próximo espetáculo que ela está produzindo que vai traçar um panorama da música afro-brasileira desde o lundu.

As várias faces de uma artista

Glaw é uma artista múltipla que atua como pianista, compositora, arranjadora e cantora. Sua atuação profissional se estende para produtora musical, professora e pesquisadora de música na UFMG. Como artista, já dividiu o palco com grandes artistas como Toninho Horta, Túlio Mourão, Marilton Borges, Cliff Korman, Mauro Rodrigues, Cleber Alves, Nath Rodrigues, Sérgio Pererê, Maíra Baldaia e Iza Sabino.

Como instrumentista, se apresenta em importantes festivais como FAN – Festival da Arte Negra, Memorial Instrumental, do Instituto Cultural Vale, Savassi Festival, Mulheres na Música Instrumental, do Café com Letras, Tudo é Jazz, Praça Sete Instrumental, Festival Os Sons do Brasil, dentre outros.

Desde 2022, integra a banda da cantora Maíra Baldaia de quem participou da gravação do álbum Obí (patrocinado pela Natura Musical) e, em 2023, fez parte da banda da cantora Iza Sabino, tendo participado da gravação do EP Amar dói integrante do selo A Quadrilha do Djonga. De 2016 a 2022, foi a pianista do festival de música Canção Francesa, promovido pela Aliança Francesa e, de 2016 a 2019, atuou como a pianista do festival Sesi Música, ambos em Belo Horizonte (MG).

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